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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Muitos de nós estamos acostumados a ver
“dez mandamentos” disso ou daquilo que aparecem em todos os lugares e
são aplicados a todos os tipos de empreendimentos humanos. Na realização
de negócios imobiliários à caça de alces, gostamos de imitar o
Decálogo. Assim, alguns talvez foram atraídos a essa coluna esperando
encontrar um “mandamento três” que proíbe a prática deixar meias
estendidas no sofá da sala – um tipo de decoração masculina – ou o
“mandamento sete” que exige um programa romântico semanal.
Mas isso não é sobre os dez mandamentos do casamento. Precisamos pensar no assunto bem mais importante dos Dez Mandamentos no
casamento. A Bíblia nos ensina que, em termos de seu conteúdo, o amor é
sempre definido pela lei (Rm 13.8-10). Uma vez que o amor claramente
deve existir em cada lar de crentes, em todo casamento cristão, isso
significa que a Lei deve sempre ser vista como a bela irmã gêmea do
amor, e os dois nunca devem ser separados.
“Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Um marido deve amar sua esposa menos
do que ele ama a Deus. Quando um homem ama a Deus como deveria, isso o
capacita a amar aos outros como deveria. Porém, quando uma mulher
torna-se um ídolo, ela frequentemente se encontrará sendo maltratada
nesse relacionamento. Isso acontece porque o homem que a idolatra tem,
com essa atitude, se separado da fonte de toda caridade e graça
genuínas, que é, claro, o Pai. “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a
seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a
sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.26). Um homem
não pode ser um discípulo a não ser que ele aborreça a sua esposa e, a
não ser que ele seja um discípulo de Cristo, ele não pode aprender a
amar sua esposa.
“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas
águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque
eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos” (v.4-6).
Esse mandamento menciona o fruto do casamento, contado nas gerações
futuras. Uma maneira certa de permitir que o sofrimento visite esses
filhos que ainda não nasceram é tolerar qualquer imagem e concepção de
Deus e Cristo criada por homens, a fim de manter um lar “piedoso”.
“Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”
(v.7). Carregamos o nome de Cristo em tudo o que fazemos. Se somos
cristãos, então nossos casamentos são casamentos cristãos. Porém, os
casamentos evangélicos modernos são praticamente indistinguíveis dos
casamentos incrédulos. Manifestamos a mesma evidência de doenças
patológicas em nossos casamentos que as vistas no mundo – divórcio
generalizado, preocupação com minhas necessidades matrimoniais,
obsessão com sexo, e por aí vai. Carregamos o nome de Deus em vão. Até
que aprendamos o que a palavra cristão significa, não entenderemos bem o que o casamento cristão é.
“Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo
dia é o sábado do SENHOR teu Deus” (v.8-10). O padrão frenético de
nossa cultura moderna é subsidiado por maridos que se esqueceram de que
têm uma obrigação de dar descanso a todo membro da família e de fazer
isso na presença de Deus. Em particular, um marido deveria perceber que o
ditado “o trabalho de uma mulher nunca acaba” é falso em sua casa. Uma
pessoa em posição de autoridade que não dá descanso não sabe o que o
amor é.
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá” (v.12).
Pai e mãe gostam de receber honra, mas frequentemente se esquecem de
que também são filhos, e que foram colocados como exemplos aos seus
filhos sobre como tratar seus avós. Muitas crianças aprenderam a
desrespeitar seus pais simplesmente ouvindo a conversa à mesa de jantar.
E os pequenos têm grandes ouvidos.
“Não matarás” (v.13). A antítese
da malícia que termina em derramamento de sangue é um comportamento de
afeição e gentileza. O homem que ama sua esposa como Cristo amou a
igreja está demonstrando seu ódio a todo assassinato ímpio. Graças à
nossa cultura do aborto, o lar tornou-se o lugar principal em que esse
mandamento é desprezado. Mas o lar deveria ser um refúgio de vida.
“Não adulterarás” (v.14). É
claro, um marido obedece a Deus aqui ao afastar-se da infidelidade em
todas as suas formas e disfarces. Ele põe guarda sobre seus olhos,
coração e seu corpo, e recusa todas as ofertas. Ele evita as capas de
revistas no caixa do supermercado, fica longe de conversa com mulheres
em chats de internet, foge de dormir com outras mulheres, recusa a
sonhar acordado sobre estar casado com outra pessoa, e qualquer outra
tentação não mencionada.
“Não furtarás” (v.15). Um homem
que não providencia alimentação e roupas para sua esposa está roubando
dela. Ele lhe deve o suporte financeiro e jamais deve cobiçá-lo (Êx
21.10).
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”
(v.16). A esposa é o próximo mais próximo do marido. Portanto, ele deve
ser escrupulosamente honesto com ela o tempo todo. Um esposo e uma
esposa devem ser capazes de conversar com o outro sobre tudo.
“Não cobiçarás a casa do teu próximo,
não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu
próximo” (v.17). Um homem feliz em seu casamento nunca desperdiçará
nada de seu tempo olhando desejosamente por cima do muro dos outros.
Ele não cobiçará o cortador de grama do outro, a esposa tomando banho de
sol, o carro, a casa, as habilidades de jardinagem ou qualquer coisa
pertencente a seu vizinho.
Faça isso e você fará bem.
por Douglas Wilson
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo | Original aqui
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