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segunda-feira, 4 de junho de 2012
Publicado
originalmente em 1984, o livro “O que esperar quando você está
esperando” (Editora Record), uma espécie de bíblia das gestantes, prega
que a mulher se torna mãe a partir do momento que descobre que está
grávida. Já o homem descobre a paternidade quando olha para o seu filho
pela primeira vez.
O
médico Colin Cooper, autor do livro “O guia do papai” (Editora Novo
Conceito), concorda que a responsabilidade do pai deve ser acompanhar o
bebê desde o momento do parto. Se este sentimento não apareceu antes,
deve aflorar na hora em que o cordão umbilical é cortado. “O bebê agora
faz parte do mundo e a mãe não é a única responsável pelo seu
bem-estar”, escreve. Segundo o especialista, aceitar a nova
responsabilidade com uma atitude positiva e proatividade é um dos
primeiros passos para estar sempre presente na criação do filho.
“Em
primeiro lugar, é importante ter clareza da função da paternidade na
educação dos filhos. Saber a importância do envolvimento, as mudanças
nas configurações familiares e conhecer os ajustes nas funções. As
obrigações da mãe e do pai precisam ser discutidas”, analisa Quézia
Bombonatto, psicopedagoga, terapeuta, fonoaudióloga e presidente da
Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Mas
de que formas práticas o pai pode estar presente na vida do filho? Veja
as dicas dos especialistas para aliar responsabilidade e união.
1. Esteja junto
Focar
na criança o tempo que está em casa é primordial. “O filho é curioso e
valorizará todos os seus ensinamentos”, descreve Colin Cooper. Para o
médico, uma boa ideia é investir nesta área do relacionamento e levá-lo,
por exemplo, para explorar a natureza e aprender sobre plantas e
animais em primeira mão.
2. Faça parceria com a mãe
É
importante que pais e mães estejam em harmonia na conduta de criação
dos filhos. Segundo a pediatra Maria Cristina Senna Duarte, chefe do CTI
Pediátrico do Hospital da Lagoa (RJ), frequentemente o casal passa
dupla mensagem no que estão ensinando. O velho “se você fizer isso, vou
contar para o seu pai” deixa as crianças em conflito e não as aproxima
da figura paterna.
3. Valorize as brincadeiras físicas
De
acordo com Cooper, descer ao nível do pequeno – sentado ou deitado no
chão – proporciona momentos de relax em conjunto. Isso sem contar que as
mães geralmente fogem de atividades mais “violentas”. “Tire proveito
dessa oportunidade de criação de vínculos com uma boa e velha luta,
jogos de bola e pega-pega”, escreve ele.
4. Encaixe-o na agenda cotidiana
Levar
a criança à escola durante a semana constrói um vínculo único.
“Participar da vida acadêmica e saber o que está acontecendo no dia a
dia dos filhos é tão importante quanto resolver problemas ou se
divertir”, argumenta Quézia Bombonatto.
5. Abra espaço para atividades intelectuais
Contar
histórias ou colorir livros são exercícios silenciosos e que exigem
concentração. No “Guia do papai”, o autor afirma que tais atividades
podem ser surpreendentemente relaxantes, assim como montar
quebra-cabeças. Acima de tudo, as práticas também são úteis no
desenvolvimento infantil.
6. Repreenda com bom senso
O
diálogo é fundamental, assim como os limites. “Bater nunca é
aconselhável, nem proibir tudo o que ela deseja fazer. Isso desorienta,
angustia e a impede de delimitar espaço. O pai deve impor os limites,
com respeito e bom senso”, explica a pediatra Maria Cristina.
7. Diga “eu te amo”
“Este
não é um assunto que deixa todos os papais confortáveis, tendo perdido
esse sentimento ‘feminino’ no decorrer dos anos”, analisa Cooper em seu
livro. O que ajuda é deixar qualquer inibição de lado e mostrar
claramente que ama o filho, dizendo e fazendo disso um hábito durante
toda a vida.
8. Tenha momentos a sós
Conversas
descontraídas, uma refeição diária em um local tranquilo, escolher uma
receita e chamá-lo para ajudar na cozinha ou até mesmo levá-lo para
abastecer o carro indicam a participação e a preocupação em estar
presente. E os filhos sentem isso.
9. Confie
“Não
é preciso ser um detetive do seu filho para saber informações sobre
ele. Por que simplesmente não perguntamos e acreditamos na resposta?”,
questiona o consultor Anderson Cavalcante, autor de “O que realmente
importa?” (Editora Gente). Para ele, desenvolver uma relação de
confiança constrói a amizade, verdade e respeito. “Não basta ser pai,
impor regras, limites e decisões. Os pais devem criar afinidades com o
seu filho e, ao mesmo tempo, entender pontos de vista diferentes”,
conclui.
Fonte: IG
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